A CORPORALIDADE NA EDUCAÇÃO: OS BENEFÍCIOS DA DANÇA E DO MOVIMENTO PARA O APRENDIZADO
Resumo
A dança fomenta a criatividade, pode melhorar a atitude quanto aos processos de aprendizagem, e a saúde mental de adolescentes, ajudando a lidar com problemas como ansiedade e depressão (PELÁEZ; LAGO, 2020). Apesar disso, a corporalidade de cada um tem sido sistematicamente negligenciada pelas instituições escolares desde sempre. Alguns movimentos pedagógicos revolucionários, como o escolanovista, propuseram o uso dos sentidos como recurso pedagógico capaz de facilitar a apreensão de novos saberes. Ao mesmo tempo, a dança desenvolvia seus aspectos comunitários e exploratórios (GÓMEZ; OLAYA, 2018). Este artigo analisa o potencial da dança como atividade educacional, com foco na educação infantil, visando ultrapassar o estigma do uso da arte meramente com fins recreativos ou ritualísticos nas escolas, bem como da corporalidade, ou de sua negação, como forma de controle dos alunos pelas instituições escolares. Para atingir esse objetivo, examinamos os aspectos corporais e como eles são tratados na escola. Em seguida avaliaremos os usos da dança e do corpo no espaço escolar, atentando para a limitação do movimento corporal como forma de controle dos discentes e, por fim, apontamos para a importância da formação continuada dos professores como método de inserção do lúdico corporal nos métodos educacionais. Como conclusão, enxergamos o corpo simultaneamente como um objeto, um instrumento e um conjunto de relações entre cada sujeito e o mundo, sustentando trocas que permitem uma melhor compreensão de si, trabalhando a autoconfiança e diversos outros aspectos psicossociais do desenvolvimento do aluno.