ENSINO REMOTO E DESIGUALDADES DIGITAIS: OS IMPACTOS NEGATIVOS DA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA
Resumo
A pandemia de covid-19 teve como consequência institucional uma série de medidas de contenção da proliferação do vírus, dentre elas, o isolamento social e o fechamento das escolas, passando posteriormente para o regime de ensino remoto ou híbrido (UNESCO, 2021). Ao mesmo tempo em que a educação à distância se apresenta como um paliativo viável em contexto de emergência sanitária, ela também apresenta diversos problemas capazes de comprometer a formação acadêmica de toda uma geração e a saúde mental de incontáveis professores (CIPRIANI; MOREIRA; CARIUS, 2021). Por isso, esta pesquisa busca analisar a experiência brasileira com o ensino remoto e seus impactos negativos na relação professor-aluno, no agravamento das desigualdades digitais (MA-CEDO, 2021) e a incorporação desta nos fatores que geram as desigualdades educacionais, com atenção especial no caso da educação infantil. Como resultado, este estudo concluiu que o ensino remoto enquanto proposta educacional não é viável na educação básica, seguindo como um palia-
tivo educacional para ser usado em contexto de emergência sanitária, de forma que não é capaz de substituir apropriadamente o ensino presencial.